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Reinterpretação de um vilancete de Luís de Camões | Versão contemporânea

Bem vestida vai
Leonor pelo passeio
Vai decidida e sem receio.

Leva no pescoço o colar,
O brinco na orelha brilhante,
Carteira de pele elegante,
Traz no pulso a luz solar.
Digna de espantar,
Tão graciosa ela veio:
Vai decidida e sem receio.

Batem no chão os tacões,
Vermelhos como os seus lábios;
Olham para ela os sábios,
Na rua trovando canções,
Palpitam seus corações.
Segue vaidosa pelo passeio:
Vai decidida e sem receio.

Pedro Santos, 10B


Figuras que lutaram pelo Bem Comum

As turmas de 10ºano reuniram-se em grupos e elegeram as  figuras que, na sua opinião, se tinham destacado pela sua luta pelo Bem Comum. Deixamos os textos produzidos pelos vários grupos.
 
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Mahatma Gandhi ficou na história da humanidade como uma personalidade relevante na independência da Índia e um notável líder pacifista, defensor da igualdade de direitos humanos.
De facto, Gandhi contribuiu enormemente para o bem comum do seu povo, do seu país e do mundo. Deu-nos um exemplo de como a persistência e o diálogo são mais eficazes do que a violência, opondo-se ao protesto violento e inspirando novas formas pacíficas de luta, como o jejum, a greve e o retiro espiritual. Além disso, são de destacar os seus esforços na união das comunidades hindu e muçulmana e a inspiração para outros pacifistas, como Martin Luther King e Nelson Mandela.
Assim, graças à sua consciência social, Gandhi foi uma figura incontornável na luta humanitária pela igualdade de direitos humanos em pleno século XX.
Madalena Zambujeiro, Patrícia Marques, Sofia Pardal, 10º A1
Henri Durant foi uma personalidade notável, recebendo o Prémio Nobel da Paz em 1901, graças à criação da Cruz Vermelha.
Efetivamente, Durant foi importante para o mundo, pois ajudou as vítimas de guerra e os pacientes em geral, com a organização de primeiros socorros, permitindo, assim, que os seus funcionários pudessem cuidar das pessoas atempadamente e, portanto, com mais eficácia. Por outro lado, escreveu um livro com o objetivo de incentivar as nações a organizarem primeiros socorros, para melhorarem as condições de vida da sua população, constituindo um contributo importante para a área dos cuidados primários de saúde.
Assim, Henri Durant foi uma grande inspiração para gerações futuras, permitindo uma melhoria na qualidade da vida humana.
Ana Patrícia Dias, Débora Ribeiro, Inês Costa, 10º A1
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Madre Teresa é uma personalidade que recordamos pelo seu amor e dedicação aos mais necessitados, sendo laureada com o Prémio Nobel da Paz em 1979.
De facto, um dos seus trabalhos mais notáveis foi fundar a Ordem dos Missionários, o hospital para leprosos e uma casa na Palestina para atender os refugiados, tocando o coração de diversas pessoas em todo o mundo. Por conseguinte, foi reeleita Superiora das Missionárias da Caridade, recebeu do Presidente Reagan a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração do país. Além disso, foi nomeada “embaixadora” do Papa João Paulo II em todas as nações.
Em suma, a religiosa dedicou a sua vida ao próximo, sendo vista, ainda hoje, como um exemplo de ajuda ao próximo e uma personalidade incontornável.
Catarina Saldanha, Francisco Almeida, Inês Basto, Teresa Pinheiro, 10º A1
Nelson Mandela foi um importante defensor dos direitos humanos e primeiro líder negro da África do Sul, ganhando o Prémio Nobel da Paz em 1993.
De facto, Mandela destacou-se pela sua coragem na luta contra o “apartheid”. Impressionantemente, este ativista teve a audácia de se aventurar num confronto pacífico, através de manifestações e discursos persuasivos contra aquele regime, usando a advocacia como instrumento ideológico na defesa da aceitação de uma sociedade multiétnica, chegando a passar vinte e sete anos na prisão. Por fim, ocupou sessenta e sete anos da sua vida a lutar contra o imperialismo Inglês e a pugnar pela igualdade dos direitos humanos.
Em suma, Mandela foi um corajoso político que, contra tudo e todos, acreditou e defendeu persistentemente os seus ideais.
Alexandre Ferreira, Diogo Caixeiro, Gabriel Bittar, Ricardo Caetano, 10 A1
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Abraham Lincoln foi, sem dúvida, uma das personalidades mais emblemáticas na luta pelo Bem Comum.
Nascido em 1809, foi o décimo sexto presidente norteamericano, tendo dirigido o seu país durante os tempos conturbados da Guerra Civil. Nesse período de grande agitação social e de crise interna, foi essencial o seu contributo para garantir a união nacional, bem como a estabilidade do governo. Além disso, aboliu a escravatura nos Estados Unidos da América, marco decisivo que foi seguido como exemplo pelo resto do mundo.
Em suma, afirmou-se não só, de forma brilhante, como político, mas também como ser humano virtuoso, preocupado com as condições de vida dos mais desfavorecidos e lutando pela sua liberdade incondicionalmente.
Eva Monteiro, Pedro Santos, Francisca Castela e Manuel Theotónio, 10A2 (com alterações)
Nelson Mandela foi uma figura fundamental na luta contra o racismo durante o regime do Apartheid na África do Sul. foi distinguido com o Prémio Nobel da Paz.
“Madiba”, como é carinhosamente tratado pelo seu povo,  procurou promover a igualdade entre Homens e acabar com a segregação racial. Por esse motivo, esteve preso durante vinte e seis anos, em condições muito precárias, demonstrando uma força de vontade inexorável e combatendo com determinação a fadiga mental e psicológica. Após a sua libertação, liderou a sua nação num período de mudança. Defendeu sempre esta causa de forma pacífica. Conseguiu mobilizar multidões para que o apoiassem e resistir à pressão popular para tornar a sua oposição numa guerra armada. Por fim, soube usar as palavras como uma arma crucial contra o regime, através de apelos à união da sua comunidade.
Em suma, Mandela contribuiu de forma exemplar para o bem comum, ficando para sempre na história da Humanidade como uma figura a recordar pela sua capacidade de liderança e bravura. Nas suas palavras, “O bravo não é quem sente medo, mas quem vence esse medo”. E ele foi disso um exemplo vivo...
Pedro Martins; António Lobato Faria; André Enes; Pedro Guimarães, 10 A2 (com alterações)

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Aristides de Sousa Mendes do Amaral  foi uma figura decisiva durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-se destacado pelo seu papel ativo na salvação de muitas vidas, sobretudo, de Judeus que tentavam escapar ao horror do Holocausto.

Ainda jovem, devido ao seu interesse pela política, tirou o curso de direito na Universidade de Coimbra, tendo-se destacado como um dos melhores do seu curso. Exerceu depois funções como cônsul no Brasil, nos EUA, em Espanha, no Luxemburgo, na Bélgica e em França. Foi neste último país, que desafiou ordens expressas, desobedecendo a António de Oliveira Salazar, e concedeu trinta mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejassem fugir de França em 1940, devido à perseguição nazi. É considerada a maior ação de salvamento realizada a título individual.

Em suma, Aristides de Sousa Mendes foi uma das mais ilustres personagens da história do mundo que contribuiu para o Bem Comum. Tratando-se de um herói que caiu no esquecimento, ao elegê-lo, tivemos como principal objetivo fazê-lo renascer.
Marta Castro; Constança Palos; Ana Gaspar; Madalena Lopes 10A2 (com alterações) 

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Madre Teresa de Calcutá é uma das principais figuras na luta pelo bem comum, destacando-se pelo seu trabalho humanitário em prol dos mais desfavorecidos.
De facto, bem cedo abandonou o seu lar privilegiado para se dedicar aos mais humildes e carenciados. Feitos os votos, dirigiu-se para a Índia, onde se empenhou na luta por um mundo melhor, apoiando crianças abandonadas, prestando assistência a doentes infetados com SIDA e a leprosos. Além disso, fundou a congregação das "Missionárias da Caridade", cuja ação se estendeu a todo o mundo. Por fim, a sua capacidade para o diálogo interreligioso foi um exemplo de grande tolerância e abertura ao outro.
Em suma, será lembrada como uma personalidade ímpar que sempre defendeu como valor essencial o amor: "Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso". A sua obra foi de tal forma marcante, que foi reconhecida através da atribuição do Prémio Nobel da Paz, em 1979.
Luna Julião; Joana Costa; Vasco Gomes; Marta Franco, 10A2 (com alterações)
Nelson Mandela fica para a história como um dos líderes mais carismáticos na defesa dos direitos humanos, tendo-se notabilizado pelo facto de ter aproximado duas culturas e unido um país dilacerado pelos conflitos raciais.
De facto, primeiro presidente negro da África do Sul, Mandela opôs-se de forma ativa às políticas segregacionistas do Apartheid, tendo, por esse motivo, sido condenado a uma pena de prisão perpétua, em 1967. Após vinte e seis anos de cárcere, durante os quais alimentou com esperança os seus ideais, foi libertado. A partir desse momento, assumiu a liderança da luta pela liberdade, pela democracia e pela igualdade. A ele se deve a refundação da África do Sul e a sua afirmação como nação multiétnica.
Nas palavras do Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "Mandiba" é "um dos maiores líderes morais e políticos do nosso tempo". A atribuição do Prémio Nobel da Paz em 1993 veio confirmar e reconhecer o seu esforço e o seu exemplo.
Marta Azevedo; Ricardo Bento; Margarida Correia; Tomás Delgado; Diogo Reis, 10B (com alterações) 
 
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Mohandas Karamchand Gandhi, um dos mais importantes ativistas dos direitos humanos, assumiu um papel decisivo na luta pelo bem comum.
De facto, a sua atuação pautou-se sempre pela defesa da não-agressão como forma de revolução. Pugnou pela independência da Índia, tendo defendido a minoria hindu contra a prepotência, a exploração e a segregação social por parte dos colonizadores.
O seu legado foi tão marcante, que terá influenciado as futuras gerações, nomeadamente, Martin Luther King e Nelson Mandela. Ficará, por isso, para sempre associado aos ideias de verdade e de não-violência.
Carlota Paixão; Mariana Carvalho; Alexandra Neto; David Silva; Diogo Rocha, 10B (com alterações)


A tecnologia, a melhor arma contra a poluição | Texto de opinião






"A tecnologia é frequentemente acusada de causar todos os males do mundo moderno, mas é, na realidade, a melhor arma da Humanidade contra a poluição, ainda que esta seja muitas vezes apresentada como o preço a pagar pelo progresso."
Jacques-Yves Cousteau,
in Segredos do Mar; o Mundo Fascinante dos Oceanos e das Ilhas
 
 
 
 
Jacques Cousteau, o grande oceanógrafo francês, afirma que a tecnologia, embora seja uma das suas principais causas, pode estar ao serviço do combate à poluição, fornecendo uma solução para evitar as alterações radicais que se têm vindo a verificar nos variados ecossistemas do nosso planeta. Esta solução pode ser baseada na inovação e alteração de determinados equipamentos tecnológicos.
Ao longo dos últimos anos, os cientistas, em colaboração com diversas empresas, têm procurado encontrar alternativas fiáveis aos dispositivos poluidores que usamos diariamente. Assim, variadas investigações foram efetuadas, tendo a sustentabilidade como objetivo. Alguns exemplos destas inovações são a introdução de carros elétricos no mercado e a aposta nas energias renováveis, que garantam a autossuficiência energética.
Do mesmo modo, os governos internacionais têm contribuído de forma expressiva para a regulação dos índices de poluição, através da assinatura de tratados que visam a aplicação de multas e a punição daqueles que não respeitam o ambiente. Um dos protocolos mais importantes é o protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 2005.
Importa também sublinhar que o mar, de forma particular, é um dos subsistemas mais afetados pela poluição. Todos os dias, são descarregadas várias toneladas de plástico e outras matérias prejudiciais ao ecossistema aquático. A abundância destes materiais provoca a morte de seres vivos e alterações radicais nas cadeias alimentares. É, por isso, fundamental a existência de patrulhas de recolha de lixo, de forma a combater as chamadas "ilhas de plástico".
Em suma, é importante continuar a investir no avanço tecnológico sustentável, que permita melhorar as condições dos ecossistemas. Pequenas inovações podem, sem dúvida, mudar o mundo... E, para tal, não precisamos, sequer, de abdicar do progresso.
Pedro Martins, 10A2
 
 


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