As turmas do 8º ano, que se encontram presentemente a trabalhar a obra O mundo em que vivi, de Ilse Losa, assistiram ao filme A vida é bela, de Roberto Benigni. Ninguém ficou indiferente à história do pequeno Giosué. Estabeleceram-se muitas ligações pertinentes entre a obra de Ilse Losa e o filme de Benigni, num profícuo cruzamento entre as linguagens literária e cinematográfica. Ao longo dos próximos dias, iremos partilhando aqui alguns textos que mostram bem o impacto que este filme teve na sensibilidade dos nossos alunos.
A vida é bela
Como
se sabe, o Holocausto foi uma das piores tragédias da Humanidade. Perderam-se
inúmeras vidas, separaram-se famílias, muitas pessoas foram torturadas e massacradas.
O filme A vida é bela mostra esta realidade duma maneira quase
mágica. Esta produção é capaz de tocar desde crianças a idosos. Relata a
história de uma família que se ama profundamente e que vai para um campo de
concentração. A inocência de Giosué
(o filho) e a sabedoria, astúcia e ternura de Guido (o pai), em conjunto,
formam uma combinação genial.
O facto de este filme não deixar ninguém indiferente é de extrema
importância para a geração atual e para as futuras, ao permitir que cada um de nós
reflita quando diz, por vezes sem pensar, que tem uma vida difícil, horrível.
Então e as vítimas dos nazis? E aqueles que não tinham cuidados de saúde,
família, amigos, aqueles que trabalhavam como escravos e que quando não o conseguiam, eram
levados para as câmaras de gás? Vale a pena pensar nisto.
Penso que os atores deste filme fizeram um trabalho deslumbrante,
principalmente Roberto Benigni, que fez um papel absolutamente brilhante.
Se eu tivesse de descrever este filme em duas palavras, diria mágico e
marcante.
Beatriz Miguel , 8º C
Um filme que nos questiona...
"Como somos belos o suficiente para aguentar tudo na vida?"
Catarina Jesus, 8º C
A
vida é bela
O
filme A Vida é Bela marca todos os seus espetadores. Fala-nos de uma história
que mistura comédia, romance e tragédia num só filme.
Neste
filme, podemos claramente verificar a coragem de Guido (a personagem principal)
e o seu amor pela mulher (Dora) e pelo filho (Josué). Guido mostra-nos como
podemos ser pessoas doces, amáveis e simpáticas e a coragem que temos de ter
perante certas situações. Mesmo sabendo que ele e o seu filho seriam levados
para um campo de concentração e que mais tarde ou mais cedo morreriam, Guido mentiu
ao filho, escondendo-lhe o perigo que corriam e dizendo que tudo aquilo era
apenas um jogo que tinha preparado para o seu aniversário. Empenhadamente, durante
dias, conseguiu esconder o filho dos alemães.
Dora,
pelo amor que tinha pelo marido e pelo filho, pediu que também a levassem para
o campo de concentração, mesmo sabendo que as probabilidades de sair de lá viva
eram mínimas e que na chegada ao campo seria separada da família. No entanto, Guido continuava mostrando a Dora o amor que sentia por ela e lutava pela
sobrevivência dos três.
No
fim, Guido escondeu o filho, tentando procurar a mulher para a salvar do
destino que a esperava, mas acabou por ser morto pelos alemães.
Contudo,
Dora e Josué escapam vivos.
Este foi um dos filmes que mais gostei de ver.
Maria Panarra, 8º B
La vita
è Bella
La vita è
Bella, realizado por Roberto Benigni, é um filme que
mostra os horrores da Segunda Guerra Mundial em Itália. Este contexto histórico
é retratado através da vida difícil e austera da personagem principal, Guido,
da sua mulher, Dora, e de seu filho, Giosué.
Entre 1939 e 1945, durante a Segunda Guerra
Mundial, Adolf Hitler organizou vários campos de concentração, onde morreram
milhões de judeus, tal como aconteceu no campo que serve de cenário a este
filme.
Durante este período, Guido e o seu filho
Giosué são levados para um campo de concentração nazi e, devido ao terror da
guerra, aquele tenta fazer o filho acreditar que apenas estão a participar numa
grande brincadeira.
O Holocausto é o exemplo mais radical de
antissemitismo ocorrido na nossa história, manifestado através de ódio e discriminação desenvolvidos contra os judeus.
Apoiados pelo governo, os nazis alemães e os seus colaboradores perseguiram e
exterminaram dois terços dos judeus da Europa durante a Segunda Guerra Mundial.
Esta questão está presente no filme, pois os alemães também perseguiram os judeus italianos. Para os nazis, aqueles que não possuíssem sangue
ariano não deveriam ser tratados como seres humanos. Fruto da xenofobia e da intolerância religiosa, milhões
de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração,
especialmente preparados para matar.
Recomendo que vejam este filme, pois retrata
com grande realismo a vida por que muitos judeus passaram e as condições a que
estavam sujeitos. A vida que muitos de nós nem pensaríamos existir!
Alexandra Verdasca, 8º B
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