A notícia que transcrevemos (com
adaptações) é do jornal Público:
O escritor italiano Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa, morreu na noite de sexta-feira na sua casa em Milão. Tinha 84 anos e era uma das mais relevantes figuras da cultura italiana dos últimos 50 anos. O último livro do intelectual e professor de Semiótica na Universidade de Bolonha, com o título Pape Satàn Aleppe, será publicado em maio.
"O seu nome fica ligado a
nível internacional ao grande sucesso que teve a obra O Nome da Rosa, editado
em 1980, e que se transformou num best-seller internacional. O romance, um
mistério passado num mosteiro medieval, foi traduzido em todo o mundo e vendeu
mais de 10 milhões de cópias. Mais tarde, foi adaptado ao cinema pelo
realizador Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery a desempenhar o papel
principal.
Umberto Eco foi um pioneiro da
semiótica, a ciência dos signos, um teórico da linguagem e autor de vários
ensaios filosóficos. Foi só relativamente tarde que publicou o seu primeiro
romance, precisamente O Nome da Rosa, mas foi este que lhe garantiu uma
popularidade mundial ao pôr a sua enorme erudição ao serviço da construção do
romance histórico. "A linguagem, a informação, a retórica dos discursos e
a necessidade de compreender as configurações culturais em que vivemos, em
comparação com as que existiam outrora, eram os seus temas", diz o
historiador Diogo Ramada Curto. "O ensaio, a história mas sobretudo, desde
a publicação de O Nome da Rosa, a obra de ficção eram os instrumentos de que se
servia para responder tanto às preocupações pelo presente, como pelo
passado."
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