2.º Ciclo
A bicicleta que tinha bigodes – Ondjaki (Ler + 5.º ano)
“Quando a luz vai, as
conversas de rua ficam mais mágicas: os olhos tipo que brilham de outra
maneira, as pessoas saem à rua e ficam a imaginar o que poderia estar a
acontecer na telenovela, todos querem saber se no dia seguinte a TPA vai
repetir o capítulo que todo mundo não viu, a minha Avó fica no muro a rir das
nossas histórias ou conta também uma estória de antigamente, (…) a noite fica
mais quente, os carros passam devagar porque as crianças brincam no meio da
rua, alguém liga um rádio barulhento que quase não se ouve por causa do barulho
do gerador do GeneralDorminhoco, (…) e se jogarmos às escondidas aqueles que
não são da nossa tua demoram muito tempo para nos encontrar porque não conhecem
os lugares melhores com bons esconderijos, tipo o vóx-váguen da doutora
Victória, ou um galinheiro abandonado, ou mesmo a casa aberta de qualquer
vizinho onde só nós, os da rua, podemos entrar sem pedir com-licença, quando a
luz vai na minha rua, as crianças afinal reclamam de não ver novela mas no
fundo no fundo, ficamos contentes porque podemos fazer mil coisas fora do ritmo
normal das nossas vidas.”
3.º Ciclo
A coisa terrível que aconteceu a Barnaby Brocket – John Boyne (Ler + 3.º ciclo)
«Esta é a história de Barnaby Brocket. Para compreender
Barnaby, primeiro temos de compreender os seus pais, duas pessoas que tinham
tanto medo de alguém que fosse diferente que fizeram uma coisa terrível que
acabaria por ter consequências dramáticas junto daqueles que amavam.
Comecemos pelo pai de Barnaby, Alistair, que se considerava
um homem perfeitamente normal. Levava uma vida normal numa casa normal, num
bairro normal onde fazia coisas normais de forma normal. A sua mulher era
normal, tal como os seus dois filhos. (…) Depois nasceu o seu terceiro filho…»
Secundário
Alma de viajante – Filipe Morato Gomes
«Não é uma ideia original, esta de viajar à volta do Mundo,
nem tão-pouco escrever sobre isso o é. Mas, por mais viajantes que percorram um
dado caminho, não haverá seguramente dois que vejam e sintam e vivam e
transmitam exatamente a mesma coisa, a mesma visão, a mesma emoção. (…)
Tenho por objetivo abraçar o Mundo calmamente e transmitir
uma parte daquilo que sentir, vir e ouvir, que apreender com as amizades
efémeras que forem naturalmente acontecendo; tentar compreender e traduzir em
palavras o espírito de um lugar e as singularidades do seu povo e da sua
cultura(…).»
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