Encontrei o Principezinho - Carta a Saint-Exupéry
de Jorge Cabral dos Santos
de Jorge Cabral dos Santos
“Pois bem,
Antoine, eu estava neste sono turbulento (…) quando senti que qualquer raminho
me fazia cócegas nos pés. Não liguei, ao princípio, e insistia no sono. Já
estava a achar demasiada a insistência para ser qualquer coisa casual, como
mosquitos ou folhagem dos arbustos. Mas o que mais me intrigava era uma risada
fininha, a seguir às cócegas, que eu sentia afastar-se e esconder-se. Tantas
vezes isto aconteceu, que resolvi levantar a cabeça e perguntar, em voz sonora:
«Quem está aí?!» Ninguém respondia e a brincadeira, galhofeiramente, repetia-se
vezes sem conta.
Ah,
Antoine, foi aí que eu comecei a suspeitar do principezinho.”
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