O último romance do escritor angolano José Eduardo Agualusa, Teoria Geral do Esquecimento, é o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora.
Pela primeira vez foram divulgados os finalistas, que além de Agualusa incluía obras dos escritores Afonso Cruz (Jesus Cristo Bebia Cerveja), Ana Cristina Silva (O Rei do Monte Brasil), Julieta Monginho (Metade Maior) e Rui Nunes (Barro).
No comunicado enviado à imprensa, a escolha do júri é justificada pela “escrita ágil de um autor que sabe realizar uma especial economia de efeitos, encontrando uma linguagem em que o português é falado em interceção com outros modos”, segundo o texto da ata. No mesmo documento, o júri salienta que “esta obra engrandece o apurado estilo literário da ficção do autor”.
O júri foi presidido pelo escritor Vasco Graça Moura e integrou Guilherme d`Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura), José Manuel Mendes (Associação Portuguesa de Escritores), Manuel Frias Martins (Associação Portuguesa dos Críticos Literários), Maria Carlos Gil Loureiro (Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas), Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
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Luanda, 1975, véspera da Independência. Uma mulher portuguesa, aterrorizada com a evolução dos acontecimentos, ergue uma parede separando o seu apartamento do restante edifício - do resto do mundo. Durante quase trinta anos sobreviverá a custo, como uma náufraga numa ilha deserta, vendo, em redor, Luanda crescer, exultar, sofrer.
Teoria Geral do Esquecimento é um romance sobre o medo do outro, o absurdo do racismo e da xenofobia, sobre o amor e a redenção.
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