A aluna Zahra Omarji (11ºC, Literatura Portuguesa) associou o poema de Camilo Pessanha a uma ilustração da sua autoria. Eis o resultado final:
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão
tranquila,
– Perdida voz que de entre as mais se exila,
– Festões de som
dissimulando a hora.
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os
lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta
chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
E a orquestra? E os
beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta
flébil... Quem há de remi-la?
Quem sabe a dor que sem razão
deplora?
Só, incessante, um som de flauta chora...
Camilo Pessanha
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