quinta-feira, 6 de março de 2014

8 de março | O dia triunfal | Teatro São Luiz

Da página do Teatro São Luiz, aqui:

O Guardador de Rebanhos - 8 de março














Diz o mito que, no dia 8 de Março de 1914, Fernando Pessoa se abeirou de uma cómoda alta e escreveu, de um jato, O Guardador de Rebanhos, assim fazendo nascer Alberto Caeiro e a aventura dos heterónimos. Escreveria também Chuva Oblíqua, «a reação de Fernando Pessoa contra a sua inexistência como Alberto Caeiro», e terá tido ainda tempo para esboçar Ricardo Reis e criar, de Álvaro de Campos, a "Ode TriunfaI". Cem anos depois, celebramos o dia mais importante e controverso das letras portuguesas imaginando Pessoa-ele-mesmo cruzando as ruas de Lisboa. Muitas vezes ensimesmado - adivinhamo-lo assim - e outras tantas fazendo-se acompanhar de heterónimos nascidos a 8 de Março de 1914, como Alberto Caeiro. De algumas dessas viagens trata Um Rádio Por Pessoa, experiência de cerca de 30 minutos na qual José Neves investe em Pessoa, partindo de Caeiro e de O Guardador de Rebanhos, para chegar a cada pessoa, a cada ouvinte. Fernando, Alberto e José sintonizam-se através da palavra e do som, numa mistura de telefonia sem fios e de bandeiradas por Lisboa. Nunca isolados: sempre entre-si-e-com-quem-escuta, num só.

Jardim de Inverno
Entrada Livre, sujeita ao limite da lotação da sala.

Conceção e Interpretação - José Neves
Mulher Rádio Táxi - Mirró Pereira
Homem na Cidade - Américo Rodrigues
Espaço Sonoro - Pedro Costa
Fotografia - Joana Oliveira Paiva
Apoio à produção - Mirró Pereira

"Ode Triunfal" - de 6 a 16 de março














Amanhece. Um homem observa o porto. Assume o comando de um paquete que não chegou a entrar no cais. Começa uma viagem para dentro de si, percorrendo imaginariamente todos os comportamentos humanos e procurando “sentir tudo de todas as maneiras”. Nesta viagem - em que símbolos e sensações se confundem, soltando-se das amarras da razão – o poeta percorre o imaginário marítimo português. Sustenta na metáfora de fluxo e refluxo do movimento marinho a contradição violenta de um homem que tenta religar diferentes identidades. Transforma-se ele próprio no cais e no destino, dando corpo à viagem. Encenação de Natália Luiza, interpretação de Diogo Infante e música original de João Gil.  

Direção cénica Natália Luiza
Cenografia Fernando Ribeiro
Música original João Gil
Desenho de luz Miguel Seabra
Vídeo realização Pedro Sena Nunes / edição João P. Duarte
Interpretação
texto Diogo Infante
música João Gil

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