quinta-feira, 18 de junho de 2015

Hélia Correia vence Prémio Camões


O Prémio Camões 2015 foi esta quarta-feira atribuído por unanimidade à escritora Hélia Correia, o 11.º português a receber aquele que é considerado o mais importante prémio literário destinado a autores de língua portuguesa. O prémio, no valor de cem mil euros, foi anunciado no Palácio São Clemente, sede do consulado português do Rio de Janeiro, onde esteve reunido o júri. 

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terça-feira, 2 de junho de 2015

Bibliotecando


Neste mês de junho, a proposta da Biblioteca para as férias vai neste sentido...


2º ciclo - O Senhor Ibrahim e as flores de Alcorão, de Eric-Emmanuel Schmitt


“- Ora vejam, Momo, estamos num país de ricos. Olha, não há caixotes de lixo.
- O que têm que ver com os caixotes do lixo?
- Quando queres saber se um lugar é rico ou pobre, procuras os caixotes do lixo. Se não há lixo nem caixotes, é muito rico. Se há caixotes e não há lixo, é rico. Se vês lixo ao lado dos caixotes, não é rico nem pobre, é turístico. Se vês lixo e não há caixotes, é pobre. E se vês pessoas no meio do lixo, é muito pobre. Este é um sítio rico.”

3º ciclo - Pensei que o meu Pai era Deus e outras histórias reais do National Story Project, organizado por Paul Auster


“Ia eu pela Stanton Street certo domingo de manhã bem cedo, quando vi uma galinha uns metros à minha frente. Eu andava mais depressa do que a galinha, de maneira que, a pouco e pouco, fui-me acercando dela. Nas proximidades da 18th Avenue, estava já quase a apanhá-la. A galinha virou para sul na 18th Avenue. Quando chegou à quarta casa, meteu pelo caminho do jardim, subiu aos saltinhos os degraus da frente e desatou à bicada na porta de proteção de metal. Passado um bocado, a porta abriu-se e a galinha entrou.” 

Secundário - Festas de Casamento de Naguib Mahfouz


“Os dias passavam, o meu sofrimento aumentava e uma força satânica libertava os meus sonhos secretos. Sentado frente à máquina de escrever, senti um impetuoso desejo de liberdade, de recuperar a minha humanidade perdida e a minha criatividade desperdiçada. Como podia o prisioneiro quebrar as suas grilhetas? Imaginava um mundo ideal, sem pecados, sem vínculos nem obrigações sociais, um mundo cheio de criatividade, inovação e pensamento, nada mais; um mundo dedicado à bendita solidão, sem pai nem mãe, sem esposa nem filhos. Um mundo pelo qual o homem pudesse viajar ligeiro, imerso unicamente na arte.”