quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Comemorações do Centenário de Vergílio Ferreira

O Município de Gouveia inicia a 28 de Janeiro o ciclo de actividades comemorativas do centenário do nascimento de Vergílio Ferreira. 

Durante todo o ano a autarquia de Gouveia vai promover uma vasto conjunto de actividades com arranque oficial a 28 de Janeiro, dia em que se assinalam os 100 anos de nascimento do autor de Aparição.

Para o arranque das comemorações o Município de Gouveia programou três dias de actividades (28, 29 e 30 de Janeiro) que contarão com a presença do Ministro da Cultura, Dr. João Soares, no dia 29 de Janeiro, e de um conjunto alargado de individualidades que conviveram ou privaram com Vergílio Ferreira.

Da programação definido pela Câmara Municipal de Gouveia fazem parte o lançamento da reedição da obras de Vergílio Ferreira pela Quetzal, uma visita de Francisco José Viegas à Escola Secundária de Gouveia, a reposição do busto de Vergílio Ferreira na Praça de S. Pedro e a inauguração da exposição “Vergílio Ferreira: Os Caminhos da Escrita ou O Fascínio da Arte” que estará patente no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta de 29 de Janeiro e 26 de Março.

A programação continua a 30 de Janeiro com o colóquio “Vergílio Ferreira: Evocação, Evocações”, na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira e com o monólogo “Em Memória ou a Vida Inteira dentro de Mim” interpretado por Pompeu José e baseado no romance “Até ao Fim” de Vergílio Ferreira, que decorrerá no teatro cine de Gouveia.

As Comemorações do Centenário do Nascimento de Vergílio Ferreira, levadas a cabo pelo Município de Gouveia, prosseguirão ao longo de todo o ano de 2016 e encerrarão um ano depois, precisamente a 28 de Janeiro de 2017.

Veja o programa AQUI

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Estudo da Universidade de Roma prova que ler deixa as pessoas mais felizes

É senso comum dizer que ler faz bem, que proporciona aos leitores inúmeros benefícios intangíveis. No entanto, é difícil encontrarmos estudos que comprovem essas teses. Ou era difícil. 


Investigadores da Universidade de Roma 3, em Itália, realizaram um trabalho com cerca de 1.100 pessoas para encontrar a resposta para duas questões: «Quem lê livros é mais feliz do que quem não lê?» e «A leitura melhora o nosso bem-estar»? A conclusão, apresentada no artigo «The Happiness of Reading», é bastante clara: os leitores são mais felizes e encaram a vida de forma mais positiva que os não leitores.

A pesquisa é dividida em tópicos e o primeiro deles aponta que quem lê é mais feliz do que quem não lê. Para chegar a tal conclusão, utilizaram a escala proposta pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven, que mensura o grau de felicidade das pessoas entre 1 e 10.

Os leitores tiveram uma pontuação 7,44, enquanto os não leitores, 7,21, diferença tida como significativa pelos pesquisadores.

Os académicos também constataram que os leitores são pessoas mais satisfeitas com a forma como usam o seu tempo livre, que a leitura é o que há de mais importante nas horas de ócio e que, no entanto, ler é apenas a quarta actividade que mais realizam enquanto não estão a trabalhar, ficando atrás de praticar desportos, ouvir música e ir a eventos culturais como exposições, teatro ou cinema. Ou seja, ler torna-nos realmente humanos melhores.

Fonte: Diário Digital

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Alguns contos de fadas são mais antigos do que se pensa

A origem de alguns contos de fadas é mais antiga do que se pensa e remonta até à Idade do Bronze, há cerca de 6.000 anos, segundo um estudo internacional coassinado pela investigadora portuguesa Sara Graça da Silva.


Publicada, na revista Royal Society Open Science, a investigação de Sara Graça da Silva e do antropólogo Jamie Tehrani determinou que, recorrendo a métodos da biologia, algumas histórias de transmissão oral "têm heranças ancestrais comuns", que remontam a um período de 2.500 a 6.000 anos.

"A origem dos contos tradicionais tem sido um dos temas mais discutidos e é um dos maiores mistérios da área. Alguns defendem que tem uma origem literária recente, do século XVI", explicou à agência Lusa Sara Graça da Silva, investigadora do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT), da Universidade Nova de Lisboa.

O que a investigadora portuguesa e o antropólogo Jamie Tehrani, do Reino Unido, fizeram, foi recorrer a métodos filogéneticos - utilizados em Biologia para comparar espécies - para traçar uma árvore linguística no que toca às histórias que são transmitidas pela oralidade.

Para este estudo, que durou dois anos, os autores analisaram 275 tipos de contos em 50 populações indo-europeias, o que permitiu ver como é que a distribuição era feita e se a transmissão podia ser prevista pela proximidade geográfica e linguística.

Os autores identificaram 76 casos, entre os quais as histórias "A bela e o monstro" e "The smith and the devil", que têm essa herança ancestral comum, muito anterior ao que tem sido discutido.

Segundo Sara Graça da Silva, os resultados desta investigação vão ao encontro da tese dos irmãos Grimm, que defendiam que as raízes dos contos é muito antiga.

Para a investigadora portuguesa, este estudo é um contributo numa perspectiva evolutiva para essa discussão sobre a antiguidade dos contos populares, de fadas ou ditos tradicionais, que passam de geração em geração, são contados e recontados há dezenas de anos.

"O nosso alcance vai além dos debates sobre a origem, pode interessar até do ponto de vista da linguística, da genética. Os contos são muito desconsiderados, mas é incrível [o contributo] para o estudo do comportamento humano, sobre a tomada de decisões, sobre a moral. Muitos dos temas são universais, sobre a punição, a recompensa, a morte, a moral e a imoralidade", disse.

Formada em Humanidades, Sara Graça da Silva é investigadora do IELT desde 2013.

Fonte: Lusa

domingo, 24 de janeiro de 2016

Visita de Afonso Cruz ao Colégio Pedro Arrupe


Na tarde do dia 3 de Dezembro de 2015, pelas 14h, recebemos a visita do escritor Afonso Cruz para uma conversa, dividida em duas sessões, com os alunos do 7º ano e do 8º ano a propósito das suas obras Assim mas sem ser assim – considerações de um misantropo e Os livros que devoraram o meu pai – a estranha e mágica história de Vivaldo Bonfim.

Durante as sessões, os alunos colocaram ao autor várias questões sobre as suas atividades de escritor e ilustrador.

No final, Afonso Cruz foi presentado com uma biografia de Pedro Arrupe e com um trabalho realizado no âmbito da disciplina de Educação Visual e Tecnológica. Houve ainda tempo para uma sessão de autógrafos.




Muito obrigado ao escritor Afonso Cruz e a todos os alunos e professores que organizaram esta memorável sessão!




sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Prémio Jacinto Prado Coelho para José Seabra Pereira e Fernando Cabral Martins

O Prémio de Ensaio Jacinto Prado Coelho distinguiu, ex-aequo, os investigadores José Carlos Seabra Pereira e Fernando Cabral Martins, disse à Lusa fonte da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, que atribui o galardão.


José Carlos Seabra Pereira é distinguido pela obra “Aquilino, a escrita vital”, Fernando Cabral Martins, por “Introdução ao estudo de Fernando Pessoa”, e os dois vão dividir, entre si, o valor pecuniário do galardão, que é de 5.000 euros.

José Carlos Seabra Pereira afirma que Aquilino Ribeiro (1885-1963) é um “autor invulgar e excelente realizador de uma poética vitalista nos géneros e subgéneros de ficção narrativa (romances, novelas e contos de índole vária), bem como em textos de hibridismo genológico”.

“Aquilino Ribeiro desde cedo foi alvo de uma fortuna crítica que importa hoje rever, a par de uma releitura da sua obra em nova perspetiva”, escreve o ensaísta na obra, editada pela Babel.

O autor investiga e leciona sobretudo nas áreas de Literatura Portuguesa Moderna, Estudos Camonianos, Estudos Pessoanos e Teoria Literária, tendo regido cadeiras de Língua Portuguesa, Técnicas de Expressão e Comunicação, bem como Temas de Civilização, Cultura e Artes, e é autor, entre outras obras, de "Do fim-de-século ao tempo de Orfeu", "Neorromantismo na poesia portuguesa" e "António Nobre: Projeto e destino" e "O tempo republicano da literatura portuguesa".

A obra “Introdução ao estudo de Fernando Pessoa” foi editada pela Assírio & Alvim, que, na sinopse divulgada, atestou: “Esta introdução a Fernando Pessoa percorre toda a história da escrita e as essenciais linhas temáticas da sua obra, tal como hoje é conhecida”.

O júri do Prémio Jacinto Prado Coelho foi composto por Fernando J.B. Martinho, Maria João Cantinho e João David Correia.

O prémio é entregue na próxima terça-feira, às 18:30, na sede da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa, segundo a mesma fonte.

Leia o artigo completo aqui:
Prémio Jacinto Prado Coelho para José Seabra Pereira e Fernando Cabral Martins

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Festival Literário de Macau homenageia este ano Camilo Pessanha

O Festival Literário de Macau homenageará este ano o poeta português Camilo Pessanha, no 90.º aniversário da sua morte, em Macau, e contará com a participação de Pacheco Pereira, Pedro Mexia e Rui Zink, anunciou hoje a organização.


A quinta edição do Festival Literário de Macau - Rota das Letras decorrerá de 05 a 19 de março e vai homenagear também o escritor chinês Tang Xianzu, que morreu há 400 anos e que partilha com Camilo Pessanha "uma forte ligação a Macau", como destaca a organização, na nota informativa que hoje divulgou.

Incluidos na homenagem a Camilo Pessanha, que viveu e morreu em Macau, estarão no território "académicos de renome que se especializaram" na obra do poeta português, como o brasileiro Paulo Franchetti, Daniel Pires e Pedro Barreiros.

Quanto a Tang Xianzu, "um dos dramaturgos mais aclamados da dinastia Ming", visitou Macau em 1591, onde contactou com os portugueses que se tinham estabelecido recentemente em Macau, destacou hoje o diretor do festival, Ricardo Pinto, numa conferência de imprensa.

O Festival Literário de Macau, fundado pelo jornal local Ponto Final em 2012, assume-se como "o primeiro grande encontro de literatos" da China e dos países lusófonos, linha que se mantém na edição de 2015.

No entanto, este ano, o festival tem "maior abertura internacional", contando com a presença de escritores da Irlanda, Austrália, Espanha, País de Gales, suécia, Filipinas, Estados Unidos da América e Taiwan.

Junot Díaz, dominicano e norte-americano, vencedor do prémio Pulitzer com a obra "A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao", de 2008, é um dos autores que estará em Macau para participar no festival.

Portugal estará representando pelo escritor e historiador José Pacheco Pereira, pelo poeta e crítico literário Pedro Mexia e pelo escritor Rui Zink, entre outros.

Do Brasil, destaque para as presenças de Luiz Ruffato e Marcelino Freire.
Por outro lado, pela primeira vez, um autor da Guiné-Bissau vai estar no festival literário de Macau. Trata-se de Ernesto Dabó, o poeta e músico que esteve na génese da música moderna guineense nos anos de 1970.

Do lado da China, Chan Koonchung e Zheng Yuanjie são alguns dos autores que vão passar por Macau nos 15 dias do festival, que, no total, conta este ano com 40 convidados.

A lista dos autores locais inclui Mu Xinxin, Un Sio San, Mark O'Neill e Carlos Morais José.

Todos os autores são este ano, de novo, convidados a escrever sobre Macau e os textos serão integrados numa compilação a publicar na próxima edição do festival, seguindo aquilo que aconteceu nos anos anteriores.

Também à semelhança de edições anteriores, o festival inclui secções de outras artes, entre elas, cinema e concertos musicais.

O cineasta Luís Filipe Rocha e a documentarista Sofia Marques são dois portugueses que irão a Macau exibir alguns dos seus trabalhos neste âmbito.

Luís Filipe Rocha adaptou ao cinema o livro "Amor e dedinhos de pés", do escritor de Macau Henrique Senna Fernandes.

Fonte: Lusa

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

João de Melo conquista Prémio Literário Vergílio Ferreira 2016

O escritor açoriano João de Melo venceu hoje o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2016, atribuído pela Universidade de Évora (UÉ), revelou à agência Lusa fonte da academia alentejana.


O vencedor da 20.ª edição do galardão foi escolhido, ao final da manhã de hoje, durante uma reunião do júri do prémio, presidido por António Sáez Delgado e que, este ano, integra Elisa Esteves, Gustavo Rubim, Carlos Reis e a escritora Lídia Jorge.

Instituído pela Universidade de Évora em 1997, o Prémio Vergílio Ferreira destina-se a galardoar, anualmente, o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.

Fonte: Lusa

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Colóquio "A glória do esquecimento - 70 anos sobre a morte de Afonso Lopes Vieira"


O Município de Leiria vai realizar no dia 26 de janeiro, o Colóquio "A glória do esquecimento - 70 anos sobre a morte de Afonso Lopes Vieira" para homenagear o escritor e patrono da Biblioteca Municipal de Leiria, no ano em que se completam 70 anos sobre a sua morte (25 de janeiro de 1946) e 138 anos sobre o seu nascimento (26 de janeiro de 1878).

Esta iniciativa encerrará o programa de comemorações do 60.º Aniversário da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, um conjunto vasto de atividades que que decorreu ao longo do ano de 2015, com o objetivo de promover a leitura e a divulgação da obra do poeta.

Veja o programa do coloquio AQUI

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Círculo de Leitores apresenta em dois volumes o «Dicionário da Expansão Portuguesa»

«Dicionário da Expansão Portuguesa», com direção de obra de Francisco Contente Domingues, será apresentado na Sala Almada Negreiros do CCB, em Lisboa, no dia 13 de janeiro, pelas 18h30.

«Dar mundo ao mundo. Uma viagem além-mar que trouxe uma riqueza cultural, social e económica a um pequeno país europeu – Portugal.

De 1415 a 1600, esta obra, em dois volumes, reúne 390 artigos de mais de 79 especialista sobre a Expansão Portuguesa. Este dicionário permite compreender toda a dimensão daquele que foi o primeiro império marítimo à escala global tocando temas como a guerra, a arte, a sociedade, a universidade, a gastronomia, a medicina.

* Obra em dois volumes;
* O mais atual e completo dicionário sobre a Expansão Portuguesa;
* 390 artigos por uma equipa de 79 especialistas de mais de 30 instituições universitárias e de investigação de 9 países;
* Obra de referência para estudantes e investigadores.

Dois níveis de leitura:
* Artigos-âncora e artigos temáticos (economia, sociedade, guerra, gastronomia, arte, arquitetura, teatro, medicina)
* Artigos pormenorizados (biografias de navegadores, políticos, comerciantes, cartógrafos, militares e aventureiros; textos sobre cidades, praças-fortes, produtos, batalhas)»

Fonte: Diário Digital

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Bibliotecando

Para começar bem o ano, a Biblioteca propõe como livro do mês:

Encontrei o Principezinho - Carta a Saint-Exupéry 
de Jorge Cabral dos Santos


“Pois bem, Antoine, eu estava neste sono turbulento (…) quando senti que qualquer raminho me fazia cócegas nos pés. Não liguei, ao princípio, e insistia no sono. Já estava a achar demasiada a insistência para ser qualquer coisa casual, como mosquitos ou folhagem dos arbustos. Mas o que mais me intrigava era uma risada fininha, a seguir às cócegas, que eu sentia afastar-se e esconder-se. Tantas vezes isto aconteceu, que resolvi levantar a cabeça e perguntar, em voz sonora: «Quem está aí?!» Ninguém respondia e a brincadeira, galhofeiramente, repetia-se vezes sem conta.

Ah, Antoine, foi aí que eu comecei a suspeitar do principezinho.”