domingo, 30 de março de 2014

Semana do Mar

Ainda a propósito do Dia Mundial do Teatro e como pórtico de entrada da semana que amanhã começa no colégio, dedicada aos projetos de investigação sobre o MAR, deixamos um excerto de Ode Marítima, interpretado por Diogo Infante.

    (clicar para ver e ouvir)

Bom mergulho na Semana do Mar!

Dia Mundial do Teatro

Celebrou-se na passada quinta-feira, dia 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro e não poderíamos deixar de assinalar esta data. Por isso, deixamos aqui a mensagem do encenador sul-africano Brett Bailey e a sugestão para uma ida ao teatro.

            “Desde que existe sociedade humana, existe o irreprimível espírito da representação. Debaixo das árvores, nas pequenas cidades e sobre os palcos sofisticados das grandes metrópoles, nas entradas das escolas, nos campos, nos templos; nos bairros pobres, nas praças públicas, nos centros comunitários, nas caves do centro das cidades, as pessoas reúnem-se para comungar da efeméride do mundo teatral que criámos para expressar a nossa complexidade humana, a nossa diversidade, a nossa vulnerabilidade, em carne, em respiração e em voz. Reunimo-nos para chorar e para recordar; para rir e para comtemplar; para ouvir e aprender, para afirmar e para imaginar. Para admirar a destreza técnica, e para encarnar deuses. Para recuperar o fôlego coletivo, na nossa capacidade para a beleza, a compaixão e a monstruosidade. Vivemos pela energia e pelo poder. Para celebrar a riqueza das várias culturas e para afastar as fronteiras que nos dividem.”

Brett Bailey, excerto da mensagem da UNESCO 
para o Dia Mundial do Teatro. Retirado daqui.



Sugestão:



domingo, 23 de março de 2014

"O que de verdade importa"



O aluno Manuel Theotónio partilha a experiência de participação, juntamente com outros alunos do 10.ºano, no ciclo de conferências "O que de verdade importa", no Campo Pequeno. Um dos oradores, Jaume Sanllorente,  é o autor de um livro que o Manuel lera, e que lhe fora sugerido pela Rita Lancastre, coordenadora da Biblioteca. Há livros e experiências assim, que mudam a nossa vida!...





Nesta sexta-feira, 14 de março, os alunos do 10.º ano foram assistir ao ciclo de conferências “O que de verdade importa”, no Campo Pequeno, organizada pela fundação homónima, de origem americana, que desenvolve projetos principalmente em Espanha. Esta ideia surgiu quando, quase por acaso, descobri que Jaume Sanllorente (autor de um livro que me marcou profundamente) viria a Lisboa para uma palestra. No dia seguinte, desafiei os meus colegas e alguns professores, e estes aderiram de imediato e com entusiasmo.

Chegámos bem cedo ao Campo Pequeno; no interior do recinto, podia notar-se uma certa ansiedade e muita alegria... Por toda a cidade, estavam espalhados cartazes e anúncios, fora feita publicidade também na rádio, televisão e redes sociais, e, por isso, foram criadas altas expectativas. Estas, posso dizê-lo agora, não foram apenas atingidas; foram ultrapassadas.

Neste evento, os testemunhos de pessoas com histórias de vida inspiradoras foram contados na primeira pessoa. Foi a primeira vez que esta fundação realizou algo em Portugal e conseguiu encher metade do Campo Pequeno, com uma assistência de cerca de duas mil pessoas.

O primeiro orador foi Bento Amaral, tetraplégico devido a uma infeliz “carreirinha”. Foi campeão do mundo de vela de paralíticos e ficou em oitavo lugar, representando Portugal nos Paraolímpicos. Atualmente, é enólogo e tem uma mensagem muito curiosa: apesar de as palavras FELICIDADE e FACILIDADE serem semelhantes em português, a felicidade não se encontra no caminho mais fácil. Para ser feliz, ou, por outras palavras, para ser um venceDOR/ganhaDOR/conquistaDOR, é necessário superar alguma dor, sempre com o amor e a ajuda dos outros.

O segundo orador, Jaume Sanllorente, começou a sua partilha, dizendo que nos ia ensinar a pintar uma parede do tamanho de dois campos de futebol com um frasco de tinta com a dimensão de um copo de iogurte! Este espanhol era uma pessoa com uma vida normal, mas, numa viagem à Índia, apercebeu-se da realidade das crianças exploradas sexualmente; abdicou de tudo o que tinha (trabalho, casa, família, conforto) e mudou-se para Bombaim. Fundou a ONG “Sorrisos de Bombaim”, com o objetivo de dar uma nova vida a estas crianças. Concluiu dizendo que, se cada um de nós puser um pouco de tinta do nosso potinho, conseguiremos pintar juntos uma parede inteira, mesmo que esta seja gigante.

Após uma pausa para almoço, ouvimos o grande (quer em estatura, quer em espírito) João Semedo Tavares. Depois de uma vida muito atribulada (tendo estado preso dez anos por pequenos crimes e viciado em droga), Johnson (como é conhecido) decidiu partilhar a sua história e ajudar os outros. O que mais admiro nele é a gratidão e o amor que sente pelos outros; mas também a força que teve para sair desta espiral negativa para divulgar a sua mensagem, tanto nas prisões, como no dia a dia, no seu projeto, retirando miúdos da rua, através do desporto.

Por último, tivemos o privilégio de escutar uma sobrevivente do tsunami ocorrido na Tailândia, María Belón. A sua história inspirou a ação do filme “O Impossível”. Conseguiu tocar-nos com a sua mensagem simples e profundamente inspiradora: ao sobreviver a esta catástrofe, percebeu que ser feliz é fácil; só é necessário vida e amor, e é isto o que de verdade importa.

Ao longo destes testemunhos, o meu coração parecia que se queria soltar e, à medida que decorria o ciclo de conferências, muitos foram os "murros no estômago". Senti-me de certo modo desconfortável e inquietado, porque, muitas vezes, não damos o merecido valor ao que a nossa vida nos reservou. Logo à saída do recinto, notei uma diferença significativa na maneira de agir dos meus colegas; vários vieram ter comigo dizendo que estavam gratos por esta experiência e que tinham adorado. Creio que este momento mudou a nossa forma de encarar a vida e a maneira como valorizamos o que temos e o que somos; quando julgarmos alguém, vamos pensar duas vezes, pois, como nos ensinaram aqui, não conhecemos o seu passado - só assim podemos claramente perceber mais facilmente o que de verdade importa.

Concluindo, perante esta mensagem e estas histórias de vida tão nobres, tão fortes, sentimo-nos impelidos a fazer algo, para que o mundo seja melhor, ou, nas palavras de Pedro Arrupe, "para que o mundo [não] continue como se não tivésse[mos] vivido".

Manuel Theotónio, 10.º ano



"Toques literários"








Mais uma semana, mais um livro, mais um orador (desta vez, oradora)... Na última quinta-feira, dia 20, a Ana Sofia Calado, do 7.º D, apresentou o livro O Senhor Juaroz , de Gonçalo M. Tavares. A aluna, com o seu estilo muito expressivo e muito cativante, conduziu-nos pela biografia do autor e pelas histórias fragmentárias da obra, bem como pelo bairro que serve de cenário à ação. No final, ainda nos mostrou algumas imagens da adaptação teatral da obra. Parabéns! Muito obrigado!



Ler lá fora | Convite





Neste domingo, dia 23, às 17h, na inauguração da exposição LER LÁ FORA (com trabalhos de Ana Sofia Gonçalves, José Josué e Susana Matos), na Livraria Ler Devagar, na Lx Facotry, haverá um miniconcerto!
Os professores de Música do colégio, Ana Araújo, no piano, e Gonçalo Prazeres, no saxofone, vão atuar e apresentar o seu trabalho. Para além deles, o aluno Manuel Caiado (6ºC) irá tocar piano no início da sessão. Uma iniciativa a não perder!










LER LÁ FORA

Ler. Ler muito. Ler bons livros, jornais, mapas, pacotes de cereais, anúncios nas ruas. Ler os Clássicos e os Infantis. Ler um dois três livros ao mesmo tempo. Ler antes de adormecer e ler ao acordar. Ler à lareira e ler na banheira. O que importa é ler.

Ler cá dentro. Ler os sinais, ler o que vemos e o que não vemos. Ler o óbvio e desvendar o oculto. Ler como terapia, como se de um remédio se tratasse, como se os livros fossem indicados para diferentes estados de espírito. Mas ler, ler sempre.

Ler lá fora. Ler Depressa. Ler Devagar. Ler outros mundos, outras culturas, outras gentes. Sair de mim e mergulhar no outro. Ler as estórias que se cruzam com a minha. Ler a vida. E nunca deixar de ler.

Nesta exposição, acompanhamos o olhar de três artistas que leem a vida. A Ana, a Susana e o José leem lá fora. Viajam de corpo e alma, sonham de olhos abertos e nunca deixaram de ler.

Rita Lancastre de Sousa

sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia Mundial da Poesia

Hoje, recebemos no colégio uma visita muito especial... Vejam se adivinham...























O poeta Fernando Pessoa (em duas versões, como convém a um poeta múltiplo...) foi às salas, interrompeu as aulas, declamou alguns poemas. Passou também pelo bar, pelos departamentos, e até invadiu uma reunião da Administração! E ainda houve tempo para um duelo literário com o Professor Larião...














As turmas de 10ºano participaram numa Oficina de Poesia com a atriz Daniela Vieitas. Ao longo da sessão, colocaram em prática exercícios de dicção, projeção de voz, leitura e declamação, postura corporal e dramatização.  A experiência motivou imenso os alunos e ajudou-os a sentir, de outra forma, a poesia. Encontraram a sua própria voz, o seu próprio estilo. No final, a certeza de que declamar um poema é oferecer o nosso mundo interior. Muito bom!

















Houve ainda versos soltos pelos corredores e pelas portas. Os professores trocaram poemas e a Biblioteca construiu com eles uma árvore. A poesia está definitivamente no ar!

Obrigado a todos os que tornaram o dia possível, em especial, ao Luís Borges (6A) e ao Rodrigo Tavares (11C), que encarnaram tão bem a figura do poeta





A poesia segundo o 8º B





    A propósito da comemoração do Dia Mundial da Poesia, iremos divulgando aqui, ao longo dos próximos dias, alguns textos em que os alunos do 8ºB procuram explicar à sua maneira o que é, para eles, a poesia.


           A beleza da verdade

        A poesia é tudo e tudo é a poesia. Da mais sentimental à mais agreste, ela é o fio que conduz aos nossos sentimentos. É esta delicada composição de pequenos conceitos que transforma o mais ínfimo dos pormenores numa das maiores e mais grandiosas músicas. A poesia é o espelho do sentimento. 
          Na realidade não compreendo quem não vê o verso com bons olhos, pois, na minha opinião, a poesia reflete tudo e tudo é refletido na poesia.
          Eu, embora seja jovem, vejo a poesia com olhos que não são os meus, mas sim de um subconsciente que desconheço. É a lágrima que corre para os rios, é o sangue que se entranha na terra, é o sopro que faz o mundo andar à roda, é a palavra que ecoa no Olimpo, é o nunca que dura para sempre. É assim que vejo a poesia. Seja ela "frauta ruda" ou "tuba canora e belicosa", encaro-a olhos nos olhos e reconheço-a como a minha história, a minha verdade.
          Concluindo, quando mergulho num poema sinto-me perante a essência da verdade, da bela verdade. Sinto que estou comigo. 

                                                                                                                                João Miguel Sousa


         Poesia, a voz da alma

    A poesia esteve sempre presente durante a história de Portugal, tendo atravessado os diversos movimentos artísticos, filosóficos e revolucionários nos quais o povo e as elites se envolveram.
    Poetizar é falar das coisas com o coração. Nos poemas, os sonhos ganham asas, o coração chora e as pedras falam. É este poder de dar vida às coisas que faz do poeta um criador que não se ocupa só de formas, cores, mas também dos sentimentos próprios e alheios.
    Com a poesia, contamos uma história, o heroísmo ou a derrota, e imortalizamos um acontecimento com a beleza de versos poéticos. Nela está tudo, o que lá está e o que não está, o que se adivinha e o que se sente.
    A poesia é usada por pessoas de toda a parte para ornamentar mensagens publicitárias e conceitos vinculados a marcas, produtos e serviços. Atualmente, a poesia está-se a tornar numa ferramenta de marketing e publicidade muito eficaz, visto que consegue mexer com os sentimentos humanos.
    Em suma, a poesia é uma arte que surgiu há milhares de anos e continua a ter uma grande relevância. É certamente a arte mais universal que o homem alguma vez conseguiu criar!

                                                                                                                         Alexandra Verdasca

        





  

domingo, 16 de março de 2014

Bibliotecando

Deixamos as sugestões de leitura para este mês, enviadas pela equipa da Biblioteca.

2.º ciclo 
Pobby e Dingan, de Ben Rice




















Excerto:

“Kellyane abriu a porta do carro e enfiou-se no meu quarto. Trazia o rosto esbaforido e pálido, todo franzido. Mal entrou, disse: «Ashmol! O Pobby e a Dingan estão talvez-mortos.» Foi assim que ela disse.
- Ainda bem – disse eu. – Talvez agora comeces a crescer e deixes de ser assim chalada.
As lágrimas começaram a correr-lhe pelas faces. Mas isso não me fazia ter nenhuma pena dela, e vocês também não teriam se tivessem crescido com Pobby e Dingan.
O Pobby e a Dingan não estão mortos – disse, disfarçando a fúria com uma golada da lata – Nem nunca existiram. O que nunca existiu não pode morrer. Topas?”


3.º ciclo
|E dizer-te uma estupidez qualquer, por exemplo, amo-te, de Martín Casariego Córdoba


















Excerto:

“Tenho a certeza que o amor é uma estupidez. Torna as pessoas meio estúpidas e muda-lhes a maneira de ser e se calhar torna-as mais felizes, está bem, mas isso não muda nada e é claro que não torna inteligentes os que já são estúpidos.
Quando vou na rua e vejo alguém com um sorriso parvo estampado na cara, penso: este fulano deve estar completamente apanhado da pinha, mas às vezes, quando estou em maré de indulgência, acrescento para mim: ou completamente apaixonado. Concordo que as declarações de guerra ainda são piores do que as declarações de amor, mas isso não impede que as de amor sejam uma estupidez. (…) Quem tiver adivinhado que estou apaixonado e se considere muito esperto e inteligente, elementar meu caro Watson por isso, com certeza que é um convencido, e se pensa que sou estúpido, ainda por cima é imbecil, porque pode acontecer a qualquer um apaixonar-se e ninguém está a salvo. Eu, para não ir mais longe, apaixonei-me pela Sara sem querer, comecei a gostar dela sem querer.”


Secundário
Sorrisos de Bombaim, de Jaume Sanllorente 


















Excerto:

 “Passei mal a noite. O meu único desejo era sair dali, fosse como fosse. Não me agradava nada aquele país. A apreensão que tinha sentido durante o voo estava a confirmar-se: que ia eu fazer agora, um mês inteiro naquela terra? Como desejava que os dias passassem a correr!
Li artigos que se escreveram a meu respeito, segundo os quais me apaixonei pela Índia no primeiro instante, que foi amor à primeira vista. Não é verdade, de forma nenhuma.
Aquele país, no primeiro encontro, desagradou-me profundamente. Como poderia fascinar-me um lugar com tanta miséria?
Não consegui dormir nem uma fracção de segundo. Pensava especialmente nos meninos pobres e nos mendigos que tinha visto horas antes. Perguntava a mim mesmo como era possível que aquele fosse o mesmo mundo em que eu tinha vivido até então. Como podiam existir na nossa época coisas assim? Era como estar de repente na Idade Média!”

Feira do Livro

Terminou, na sexta-feira, a Feira do Livro dedicada ao 2.º e 3.º ciclos, promovida pela livraria Cabeçudos na Biblioteca. Obrigado a todos pelo interesse e participação! Deixamos as imagens:


terça-feira, 11 de março de 2014

Feira do Livro


    Durante esta semana, de dia 10 a 14 de março, a Biblioteca vai acolher uma Feira do Livro dedicada ao 2.º e 3.º ciclos. 

   Será a livraria Cabeçudos a promover a Feira e a brindar-nos com livros que vão ao encontro dos interesses dos nossos alunos, com um desconto de 10% sobre o preço das Editoras. 

 Os alunos virão acompanhados à Feira pelos Professores de Português, em tempo letivo. Para além disso, a Feira estará aberta para todos os ciclos, e para os Encarregados de Educação, todos os dias até às 19h. Em caso de interesse, os livros poderão ser comprados na Biblioteca (não sendo possível utilizar o cartão de aluno, para esse efeito).

quinta-feira, 6 de março de 2014

8 de março | O dia triunfal | Teatro São Luiz

Da página do Teatro São Luiz, aqui:

O Guardador de Rebanhos - 8 de março














Diz o mito que, no dia 8 de Março de 1914, Fernando Pessoa se abeirou de uma cómoda alta e escreveu, de um jato, O Guardador de Rebanhos, assim fazendo nascer Alberto Caeiro e a aventura dos heterónimos. Escreveria também Chuva Oblíqua, «a reação de Fernando Pessoa contra a sua inexistência como Alberto Caeiro», e terá tido ainda tempo para esboçar Ricardo Reis e criar, de Álvaro de Campos, a "Ode TriunfaI". Cem anos depois, celebramos o dia mais importante e controverso das letras portuguesas imaginando Pessoa-ele-mesmo cruzando as ruas de Lisboa. Muitas vezes ensimesmado - adivinhamo-lo assim - e outras tantas fazendo-se acompanhar de heterónimos nascidos a 8 de Março de 1914, como Alberto Caeiro. De algumas dessas viagens trata Um Rádio Por Pessoa, experiência de cerca de 30 minutos na qual José Neves investe em Pessoa, partindo de Caeiro e de O Guardador de Rebanhos, para chegar a cada pessoa, a cada ouvinte. Fernando, Alberto e José sintonizam-se através da palavra e do som, numa mistura de telefonia sem fios e de bandeiradas por Lisboa. Nunca isolados: sempre entre-si-e-com-quem-escuta, num só.

Jardim de Inverno
Entrada Livre, sujeita ao limite da lotação da sala.

Conceção e Interpretação - José Neves
Mulher Rádio Táxi - Mirró Pereira
Homem na Cidade - Américo Rodrigues
Espaço Sonoro - Pedro Costa
Fotografia - Joana Oliveira Paiva
Apoio à produção - Mirró Pereira

"Ode Triunfal" - de 6 a 16 de março














Amanhece. Um homem observa o porto. Assume o comando de um paquete que não chegou a entrar no cais. Começa uma viagem para dentro de si, percorrendo imaginariamente todos os comportamentos humanos e procurando “sentir tudo de todas as maneiras”. Nesta viagem - em que símbolos e sensações se confundem, soltando-se das amarras da razão – o poeta percorre o imaginário marítimo português. Sustenta na metáfora de fluxo e refluxo do movimento marinho a contradição violenta de um homem que tenta religar diferentes identidades. Transforma-se ele próprio no cais e no destino, dando corpo à viagem. Encenação de Natália Luiza, interpretação de Diogo Infante e música original de João Gil.  

Direção cénica Natália Luiza
Cenografia Fernando Ribeiro
Música original João Gil
Desenho de luz Miguel Seabra
Vídeo realização Pedro Sena Nunes / edição João P. Duarte
Interpretação
texto Diogo Infante
música João Gil